10 dezembro 2007

"Escrever um diário é renunciar ao destino. É viver no presente, é confessar ao implacável que nada mais esperamos dele, que nos acomodamos todos os dias, e que já não há relação entre este dia e os restantes. É sorver o nosso oceano gota por gota, com receio de o atravessar a nado. É contar as folhas da árvore cujo tronco não tornará a reverdecer. Só se escreve um diário quando as paixões estão extintas, ou quando atingem o estado de petrificação que nos permite explorá-las como montanhas das quais a avalancha não se desprenderá."

"A partir do momento em que a vida se torna suportável, já não carece de análise. Arruinaremos um dia de sossego se teimarmos em dissecá-lo ao pormenor"


George Sand


A tudo isto, se deve a minha ausência de escrita.

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