09 janeiro 2007



Mariza - Chuva

As coisas vulgares que há na vida
Não deixam saudades
Só as lembranças que doem
Ou fazem sorrir

Há gente que fica na história
da história da gente
e outras de quem nem o nome
lembramos ouvir

São emoções que dão vida
à saudade que trago
Aquelas que tive contigo
e acabei por perder

Há dias que marcam a alma
e a vida da gente
e aquele em que tu me deixaste
não posso esquecer

A chuva molhava-me o rosto
Gelado e cansado
As ruas que a cidade tinha
Já eu percorrera

Ai... meu choro de moça perdida
gritava à cidade
que o fogo do amor sob chuva
há instantes morrera

A chuva ouviu e calou
meu segredo à cidade
E eis que ela bate no vidro
Trazendo a saudade

2 comentários:

Anónimo disse...

Saudade pode ser olhada como o vento.
Vem e vai,mas enquanto presente, nunca se para de sentir.
Um dos coraçãos mais ternos, pode ser também um dos mais duros,e eu, como portador de ambos os lados desse genero de coração, não nego a saudade sentida,nao nego o carinho necessitado, nao nego as improbabiliadades de voltar a amar.
Mas acima de tudo, o que nunca negarei no futuro, será a felicidade,que por tempos esvaneceu, com uma brisa ligeira, de um vento saudoso e uma profunda magoa de um amor perdido, outrora fogoso.

Anónimo disse...

Aproveito para fazer um comentário geral ao teu blog.
Não o farei a cada post anterior pois sao muitos e prefiro nao ter de escolher.São todos excelentes e seria injusto uma escolha da minha parte.
Escolho, sim, a partir de agora, visitar regularmente e sempre que possivel o teu blog, e comentar o reflexo dos posts com o que me vai na alma. =)
De qq das maneiras, continua, tens aqui um bom trabalho.Gostei =)